domingo, 16 de fevereiro de 2014

Os Nefilins: Deuses? Gigantes? Anjos? Anunnakis?


É curiosa a variação de formas pelas quais historiadores, estudiosos, crentes e leitores em geral, cada qual à sua maneira, acreditam na veracidade dos “livros sagrados” das várias tradições e religiões conforme a passagem em questão. Alguns fatos descritos são acreditados como se fossem factuais mesmo, ou seja, "aconteceram realmente", tanto que se alguém tivesse uma câmera, filmaria e reproduziria, mesmo que fossem milagres. Outros são considerados “mitos”, a menos que surgisse algum indício arqueológico da sua veracidade. Outros são considerados “simbólicos” e não factuais. E a lista de outras possibilidades é grande, conforme o tipo de relação entre o leitor e o livro sagrado. Há variações de opiniões mesmo entre pessoas que guardam o mesmo tipo de relação com o texto sagrado, e mesmo interpretações diferentes de uma mesma pessoa sobre se diferentes fatos de uma mesma passagem são factuais, mitos, símbolos, milagres, e por aí afora. O resultado da tentativa de compreensão dos livros sagrados é literalmente o “samba do crioulo doido”. Não pelo livro em si, mas pelo leitor.
Particularmente a Bíblia (Velho e Novo Testamentos) são tratados dessa forma, mas isso ocorre também nas outras religiões “irmãs” como as interpretações do Alcorão no Islamismo, sem contar as dissidências ou facções mais recentes dessas religiões.
As raras tentativas de se usar um redutor comum de análise, uma ferramenta lógica e uniforme de tratar esses fatos, esbarram no partidarismo, baluartismo, classismo das vária tribos, e outros “ismos” tão prejudiciais como é a simples ignorância dos fatos.
Uma dessas tentativas de se aplicar uma ferramenta neutra e uniforme de entendimento dos livros sagrados é a de Zecharia Sitchin, exaustivo pesquisador dos textos sumérios e de várias outras línguas mortas e vivas,  e  corajoso escritor citado na publicação “A Outra História do Sistema Solar” neste blog. Ele mostra as incoerências das verdades históricas, arqueológicas e antropológicas que formam a base do ensino mundial sobre o passado do homem, das línguas, arqueologia e do nosso sistema solar. A chamada ciência ocidental é a grande culpada disso, como afirma outro grande "enfant terrible" da cultura mundial, o historiador Edward Said em seu livro Orientalismo: O Oriente Como Invenção do Ocidente.
O texto que segue faz parte do livro O 12º Planeta de Schitin. O texto, contado na primeira pessoa, tem uma abordagem segura, bem fundamentada, magistralmente minuciosa, e sobretudo fascinante como é durante todo o livro. Um achado.
Vamos lá:

 “O Antigo Testamento habita minha vida desde a infância. Quando foi plantada a semente deste livro, há quase cinqüenta anos (NR: cerca de 1930), eu não tinha nenhum conhecimento dos fervilhantes debates "evolução versus Bíblia" dessa altura. Mas, como qualquer jovem rapaz de escola, estudando o livro do Gênesis, em seu original hebraico, eu criei uma versão para mim próprio. Um dia, estávamos lendo o capítulo VI, onde se diz que, quando Deus decidiu destruir a humanidade com o Grande Dilúvio, os “filhos das deidades” que casaram com “filhas de homens” estavam sobre a Terra. O original hebraico chama-lhes Nefilim; o professor explicou que Nefilim - significava “gigantes” e eu discordei; literalmente não significaria «aqueles que foram lançados», que desceram à Terra? Fui repreendido e disseram-me que aceitasse a interpretação tradicional. 
Nos anos que se seguiram, à medida que aprendia a língua, a história e a arqueologia do antigo Oriente Médio, os Nefilim tornaram-se uma obsessão. Os 
achados arqueológicos e a decifração de textos sumérios, babilônicos, assírios, hititas, cananitas e outros textos antigos e contos épicos foram progressivamente confirmando a precisão das referências bíblicas a reinos, cidades, governantes, praças, templos, rotas de comércio, artefatos, ferramentas e vestuário da Antiguidade. Não será agora, portanto, o tempo de aceitar a palavra desses mesmos antigos registros que encaram os Nefilim como visitantes da Terra vindos dos céus? 
O Antigo Testamento afirma repetidamente: «O trono de Javé é no céu», «do céu o Senhor vigia a Terra». O Novo Testamento falava «Nosso Pai que está nos céus». Mas a credibilidade da Bíblia foi enfraquecida pelo advento e aceitação geral da Teoria da Evolução (NR: teoria de Darwin). Se o homem evoluiu, então, certamente, ele não pode ter sido criado de uma só vez por uma deidade que, premeditando, sugeriu: «Façamos Adão à nossa imagem e semelhança». Todos os povos antigos acreditaram em deuses que desceram à Terra vindos dos céus e que podiam a um desejo flutuar em direção aos céus. Mas nunca se reconheceu credibilidade a estes contos que os eruditos desde os primórdios classificaram como mitos.
Os escritos do antigo Oriente Médio, que incluem uma profusão de textos astronômicos, falam claramente de um planeta de onde esses astronautas ou deuses vieram. No entanto, quando os acadêmicos, há 150 anos decifraram e traduziram as antigas listas de corpos celestiais, os nossos astrônomos não sabiam ainda da existência de Plutão (que apenas foi localizado em 1930). Como se poderia, então, esperar que eles aceitassem a existência de ainda mais um planeta, membro de nosso sistema solar? Mas agora que também nós, como os antigos, sabemos da existência de planetas para além de Saturno, agora, por que não aceitar a evidência antiga da existência do Décimo Segundo Planeta? 
Enquanto nós próprios nos aventuramos no espaço, um olhar novo e a aceitação das Antigas Escrituras é mais do que oportuno. Agora que os astronautas aterraram na Lua e missões não tripuladas exploram outros planetas, deixou de ser possível não acreditar que uma civilização de outro planeta mais avançado que o nosso fosse capaz de fazer aterrissar seus astronautas no planeta Terra, algures no passado. 
De fato, certo número de escritores populares especularam que os artefatos antigos, tais como as pirâmides e as gigantescas esculturas de pedra, devem ter sido idealizados por avançados visitantes de outro planeta - com certeza, o homem primitivo não possuiu, por ele próprio, a tecnologia requerida? Outro exemplo, como foi possível que a civilização suméria florescesse tão rapidamente há quase 6.000 anos sem um precursor? Mas dado que esses escritores populares falham, normalmente, quando se trata de mostrar quando, como e, sobretudo, de onde vieram esses antigos astronautas, suas intrigantes questões permanecem especulações sem resposta.
 Foram precisos trinta anos de pesquisa, de retorno às antigas fontes, de literal aceitação delas, para recriar em meu próprio espírito um cenário contínuo e plausível dos acontecimentos pré-históricos. Assim sendo, O Décimo Segundo Planeta procura fornecer narrativamente ao leitor as respostas às questões específicas: quando, como, por que e de onde. A evidência, as provas que incluo consistem basicamente de textos e até quadros antigos. 
Em O Décimo Segundo Planeta, eu procurei decifrar uma sofisticada cosmogonia que explica, talvez tão bem como as modernas teorias científicas, como se pode ter formado o sistema solar, como um planetainvasor foi apanhado na órbita solar e como a Terra e outras partes do sistema solar foram trazidas à luz do dia. 
As provas que ofereço incluem mapas celestiais que falam de vôos espaciais para a Terra vindos desse planeta, o Décimo Segundo. Depois, seqüencialmente, segue-se o dramático estabelecimento das primeiras colônias na Terra pelos Nefilim: aos seus dirigentes foram dados nomes; suas relações, amores, ciúmes, conquistas e lutas descritas e a natureza de sua «imortalidade» explicada. 
Sobretudo, O Décimo Segundo Planeta tem como objetivo traçar os acontecimentos importantes que levaram à criação do homem e os métodos avançados pelos quais isto foi conseguido. É depois sugerida a relação confusa entre o homem e seus senhores e surge uma nova luz sobre o significado dos acontecimentos no Jardim do Paraíso, da Torre de Babel e do Grande Dilúvio. Finalmente, o homem, biológica e materialmente dotado pelos seus criadores, acaba por expulsar seus deuses da Terra. 
Este livro sugere que não estamos sós em nosso sistema solar. Ainda assim, ele pode intensificar, mais do que diminuir, a fé numa Onipotência universal. Porque, se os Nefilim criaram o homem na Terra, podiam estar apenas cumprindo parte de um plano superior mais amplo.
 Nova York, fevereiro de 1977. 
Z. SITCHIN”

Nenhum comentário:

Postar um comentário